Em 20 de maio, pelo menos 21 pessoas foram presas quando a polícia invadiu um hotel em Gana, onde se realizava uma oficina para pessoas LGBT+.

A mídia invadiu o local, começou a tirar fotos e chamou a polícia. Depois de prender as pessoas participantes, a polícia confiscou os pertences de todo mundo. Mais tarde, a polícia declarou que as prisões ocorreram porque as pessoas estavam "defendendo atividades LGBT+".

No dia 28 de maio, um tribunal do distrito de Ho ordenou que as 21 pessoas presas, acusadas de "reunião ilegal", fossem mantidas sob custódia até sua audiência prévia, marcada pra 4 de junho.

As prisões foram ilegais: não há lei em Gana que impeça as pessoas LGBT+ e aliadas de se reunirem. É um direito constitucional.

As pessoas detidas não tiveram acesso à representação legal antes de serem levadas ao tribunal. Algumas sofrem de doenças prévias e precisam de tratamento pra situações traumáticas.

Exigimos que as forças policiais libertem imediatamente estas 21 pessoas e retirem todas as acusações contra elas.

Também exigimos que as autoridades de Gana busquem uma solução para o grave aumento da perseguição e do abuso contra pessoas LGBT+ no país – e que dêem ordens para que a polícia pare imediatamente de fazer prisões arbitrárias com base em orientação sexual, não-conformidade de gênero ou suposta conduta homofetiva consensual, sejam essas características percebidas ou reais.