Banco Mundial: Não retome os empréstimos para a Uganda

Exija que o Banco Mundial suspenda seus planos de restabelecer os empréstimos destinados à Uganda com base em “medidas de mitigação de danos” que não protegem as pessoas LGBT+!

Em agosto de 2023, o Banco Mundial tomou a corajosa decisão de suspender a concessão de novos empréstimos a Uganda em resposta à aprovação da Lei Anti-Homossexualidade, que instituiu algumas das normas anti-LGBT+ mais violentas do mundo. Essa decisão sinalizou o compromisso do Banco Mundial a destacar a não-discriminação como princípio fundamental do desenvolvimento econômico, enviando uma importante mensagem aos governos de todo o mundo.


Porém, o Banco Mundial acaba de propôr um plano alarmante: Retomar os empréstimos a Uganda se as “medidas de mitigação de danos” voltadas para a proteção de pessoas LGBT+ contra a discriminação forem consideradas eficazes. Isso pôs a comunidade em alerta, pois essas “medidas de mitigação de danos” trazem falhas gravíssimas, tanto na forma como são estruturadas quanto na sua própria formulação.


Por exemplo:

 

1. As medidas serão implementadas pelo próprio governo de Uganda, que é responsável pela aprovação e aplicação da Lei Anti-Homossexualidade. É contraproducente esperar que o governo amenize os danos causados por sua própria lei.


2. O Banco Mundial não estabeleceu nenhuma métrica objetiva para determinar se essas medidas serão eficazes, o que levanta preocupações sobre julgamentos arbitrários e possíveis manipulações de dados.


3. As pessoas LGBT+ não são nomeadas de maneira explícita no projeto de mitigação, o que anula qualquer força que as medidas poderiam ter para lidar com a discriminação específica enfrentada por essa comunidade. Essa decisão corre o risco de legitimar a discriminação em Uganda e estabelecer um precedente perigoso para a forma como o Banco Mundial responde a leis discriminatórias em outros países.

 

Junte-se a nós e exija ao Banco Mundial que mantenha seu compromisso com um desenvolvimento econômico inclusivo e com os direitos humanos recusando-se a retomar os empréstimos a Uganda com base nessas medidas inadequadas. Qualquer outra atitude significa sancionar a discriminação, causando um retrocesso na luta global pela igualdade e contra os preconceitos.

Esse abaixo-assinado foi feito pela Health Gap e por Convening for Equality Uganda.

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Ao presidente do Grupo Banco Mundial, Ajay Banga:

Quando o Banco Mundial interrompeu novos empréstimos para a Uganda em resposta à implementação da Lei Anti-Homossexualidade, isso enviou uma mensagem clara sobre a importância da luta contra a discriminação para o desenvolvimento econômico.


É preocupante que o Banco Mundial esteja agora considerando retomar os empréstimos a Uganda com base em “medidas de mitigação de danos” voltadas para a proteção de pessoas LGBT+. Essas medidas são fundamentalmente falhas e inadequadas para lidar com a discriminação que as pessoas LGBT+ enfrentam na Uganda.


A retomada dos empréstimos a Uganda com base em medidas tão brandas corre o risco de estabelecer um grave precedente, permitindo que leis e práticas discriminatórias passem impunes em outros países. Pedimos ao Banco Mundial que exerça seu papel de liderança e não retome os empréstimos à Uganda. Uma postura firme contra a retomada dos empréstimos sob estas condições é fundamental para manter o compromisso do Banco Mundial com os direitos humanos e com o desenvolvimento econômico inclusivo. Nesse momento, o seu papel de liderança é fundamental para proteger os direitos e a vida das populações vulneráveis.


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