Justiça por Jonisson: estudante de medicina sofre homofobia

Jonisson Leal, um jovem de 25 anos, vem sofrendo uma onda de ataques homofóbicos e capacitistas por seus colegas de curso desde que iniciou a faculdad

Desde que começaram os ataques homofóbicos e capacitistas, o sonho de estudar medicina vem se tornando um grande pesadelo para Jonisson Leal, um jovem de 25 anos que é estudante do segundo semestre do curso de medicina na Universidade Federal do Acre (UFAC).

Em vez de encontrar um espaço de aprendizagem e acolhimento na universidade, Jonisson está sendo vítima de uma série de episódios de discriminação e hostilidade por seus colegas de curso, simplesmente por ser gay e ter diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDHA).

Em conversas no grupo de WhatsApp do curso de medicina, enquanto uma pessoa comunicava que Jonisson iria entrar no grupo, um estudante respondeu “Não se atrevam a colocar ele nesse grupo”, encaminhando em seguida uma figurinha com a frase “odeio gay”.

Em outro episódio, uma pessoa no grupo compara o tamanho do hipotálamo – órgão do sistema nervoso central – em heterossexuais, bissexuais, homossexuais e pessoas não-binárias, alegando que o órgão seria pequeno em homosseuxauis e que pessoas não-binárias sequer possuiriam o órgão.

Jonisson chegou a receber um print de um Wi-fi conectado na universidade, cuja rede teve o nome alterado para “autista gay”.

E a lista de ataques continua…

Assustado com todos esses episódios de preconceito, homofobia e bullying, Jonisson procurou apoio na Coordenação do curso de medicina e no Núcleo de Apoio à Inclusão (NAI), mas a Universidade não adotou nenhuma medida eficaz para melhorar o ambiente acadêmico e evitar a prática desses crimes.

E pra piorar, a exposição do caso fez com que Jonisson passasse a sofrer ainda mais ataques por parte de seus colegas.

Sem saída, ele denunciou os crimes ao Ministério Público Federal, que agora está investigando o caso e cobrando um posicionamento da Universidade não apenas sobre quais medidas serão adotadas na situação de Jonisson, mas também para apresentar medidas que sejam tomadas coletivamente em relação a essa problemática.

Assine o abaixo-assinado para mostrar seu apoio à Jonisson e lutar por uma Universidade sem preconceito!

#UniversidadeSemPreconceito

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Para Para Reitora da Universidade Federal do Acre (UFAC), Margarida de Aquino Cunha:

Os episódios de homofobia e capacitismo enfrentados pelo estudante de medicina Jonisson Leal são inadmissíveis.

A Universidade deve ser um lugar de aprendizagem e acolhimento e não de preconceito.

Solicitamos que a Universidade Federal do Acre implemente um programa de combate a essas condutas e apresente evidências concretas das providências adotadas para apurar, responsabilizar e prevenir condutas discriminatórias.


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