Se as emissoras de TV do mundo todo arrecadam milhões com a cobertura da Copa do Mundo, elas também têm a responsabilidade de contar pras pessoas a verdade sobre o que está acontecendo no Catar.
A cada quatro anos, milhões de fãs de futebol no mundo todo assistem a seus jogadores favoritos no maior campeonato de futebol do planeta, a Copa do Mundo.
Este ano, no entanto, todo mundo vai assistir aos jogos enquanto acontecem lá no Catar – um país que pune com severidade as pessoas LGBT+ simplesmente porque elas são LGBT+.
Logo, logo, as TVs mundiais – aqui no Brasil quem transmite é a Globo – mostrarão o Catar como ele próprio se mostra: uma nação moderna, cosmopolita e cheia de glamour. Mas elas também têm a responsabilidade de mostrar o outro lado dessa moeda: a maneira perigosa e mortal que o Catar trata pessoas LGBT+.
Essas emissoras de TV não podem simplesmente mostrar os reluzentes novos estádios e os deslumbrantes e modernos arranha-céus. Elas precisam falar sobre a realidade local das pessoas LGBT+ do Catar: ser gay é crime no Catar e a pena vai de 3 a 5 anos de prisão e, em alguns casos, pode até chegar à pena de morte.
A Globo se coloca como uma emissora que valoriza a inclusão e a diversidade e que respeita os direitos humanos, então deveria responsabilizar a FIFA e o Qatar por sua LGBTfobia. E aí, será que isso a Globo vai mostrar?