UE: a Parada do Orgulho não pode ser proibida na Hungria

A proibição da celebração do Orgulho na Hungria é uma violação das leis da União Europeia. Peça à UE para intervir e proteger a liberdade básica agora!

Governo da Hungria lança seu ataque mais agressivo contra os direitos LGBTQ+ até agora.

Em março, o Parlamento da Hungria aprovou às pressas uma nova lei que proíbe paradas do Orgulho e criminaliza protestos pacíficos. Apenas um dia depois, o Presidente sancionou a lei. A nova legislação amplia o alcance da notória lei de 2021 contra a "propaganda anti-LGBTQ+" da Hungria – já em análise pelo Tribunal de Justiça Europeu.

Agora, quem ousar ir às ruas vai enfrentar intimidação policial, multas pesadas e ameaça iminente de vigilância por reconhecimento facial – uma grave violação da privacidade e dignidade que contradiz diretamente o Ato de Inteligência Artificial da UE, que proíbe esse tipo de vigilância em espaços públicos.

Essa repressão não poderia acontecer em um momento mais simbólico. O "Budapest Pride" está programado para celebrar seu 30º aniversário em 28 de junho. A menos que uma ação urgente seja tomada pela Comissão Europeia até 27 de maio – o prazo final para o registro da marcha –, os participantes pacíficos da Parada do Orgulho poderão enfrentar multas financeiras de até 500 euros. Se a Parada do Orgulho não for registrada a tempo, grupos de extrema direita pró-governo podem registrar protestos falsos para bloquear espaços públicos da parada.

Para os organizadores, as consequências são ainda mais severas. A menos que a Comissão Europeia tome uma atitude, eles enfrentarão acusações criminais e tempo de prisão de até 1 ano!

Essa lei não protege crianças. Ela protege o poder.

Enquanto a Hungria enfrenta desafios reais – como uma crise de bem-estar infantil, escassez de saúde e um sistema educacional em ruínas –, o governo escolheu usar as pessoas LGBTQ+ como bode expiatório e sufocar a sociedade civil. Essas ações ecoam as táticas opressivas da Rússia, onde o dissenso é criminalizado e as vidas LGBTQ+ apagadas. Pela primeira vez na história da UE, estamos testemunhando um país criminalizando o direito de seus cidadãos à assembleia pacífica, de serem vistos e ouvidos.

Um governo da UE proibir marchas do Orgulho é um ataque inconcebível aos próprios valores de liberdade, igualdade e dignidade humana que a União Europeia foi construída para proteger.

Ao assinar este abaixo-assinado, você está defendendo o direito de protestar pacificamente, de se reunir, de se manifestar. Você está dizendo à UE, alto e claro: orgulho não é crime. Protesto pacífico não é propaganda. Visibilidade não é violência.

A Comissão Europeia é a guardiã dos Tratados da UE e precisa demonstrar que protege o direito de assembleia pacífica tanto quanto outros direitos fundamentais.

✊ Assine agora para deter esse ataque aos direitos e à liberdade de protesto LGBTQ+. Não deixe Orbán demolir a democracia. Una-se a nós. Una-se a Parada do Orgulho em Budapeste.

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À Presidente Ursula von der Leyen, à Vice-Presidente Executiva Henna Virkkunen, ao Comissário Michael McGrath e à Comissária Hadja Lahbib da Comissão Europeia:

Nós, que assinamos este abaixo-assinado, instamos vocês a tomarem medidas imediatas e decisivas para proteger os direitos fundamentais dos cidadãos na Hungria.

Em março de 2025, a Hungria aprovou uma lei que proíbe as marchas do Orgulho e criminaliza os organizadores de protestos pacíficos LGBTQ+. Aqueles que protestam agora correm o risco de multas elevadas, assédio policial e vigilância por meio de tecnologia de reconhecimento facial. Aqueles que organizam as paradas podem enfrentar acusações criminais e prisão de até 1 ano.

Essas ações violam claramente a legislação da União Europeia, incluindo a Carta dos Direitos Fundamentais, a Lei da Inteligência Artificial da UE e a Convenção Europeia dos Direitos Humanos.

Essa nova legislação se baseia na lei "anti-propaganda LGBT+" de 2021, que atualmente está sob revisão jurídica no caso C-769/22 no Tribunal de Justiça da União Europeia. Disfarçada como uma medida de "proteção infantil", essa lei apagou as pessoas LGBTQ+ das escolas e do discurso público. As emendas de 2025 usam a mesma retórica para agora silenciar o Orgulho e punir o dissenso pacífico.

Isso não é apenas uma questão nacional – é uma ameaça às liberdades civis em toda a União Europeia. Se a Hungria for autorizada a criminalizar o Orgulho e a assembleia pública sem consequências, estabelece um precedente perigoso que outros podem seguir e enfraquece a credibilidade da UE como um bastião da democracia e dos direitos humanos.

Instamos vocês a agirem imediatamente por meio do pedido de medidas cautelares ao Tribunal de Justiça, seja através do procedimento de infração em andamento já pendente no CJEU (C-769/22), ou através de um novo procedimento de infração contra o pacote de emendas recém-aprovado. Esse mecanismo jurídico permitiria ao Tribunal suspender a aplicação da lei de propaganda da Hungria de 2021, incluindo seu novo uso como base para a proibição de protestos.

O tempo está passando. Sem ação de vocês até o prazo de inscrição para o Orgulho de Budapeste em 27 de maio, a polícia húngara proibirá este evento histórico e atuará para silenciar ainda mais as vozes LGBTQ+.

Vocês devem demonstrar que a UE não tolerará tais violações generalizadas de seus valores mais básicos.

Vocês têm o poder – e a responsabilidade – de agir e defender os Tratados da UE. Defendam a democracia. Protejam o protesto. Apoiem a comunidade LGBTQ+ da Hungria.


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